1ª Frase
Ele procura quem lhe roubou a carteira.
1ª oração 2ª oração
Frase complexa
Sujeito: Ele
Predicado: procura
Compl. Directo: quem lhe roubou a carteira
1ª oração: subordinante
2ª oração: subordinada relativa
2ª Frase
A Maria não gosta de inglês todavia é boa aluna.
1ª oração 2ª oração
Frase complexa
Sujeito: A Maria
Predicado: não gosta
1ª oração: coordenada
2ª oração: coordenada adversativa
3ª Frase
Compras-te a revista portanto lê.
1ª oração 2ª oração
Frase complexa
Sujeito: Subentendido (tu)
Predicado: compras-te
Compl. Directo: a revista
1ª oração: coordenada
2ª oração: coordenada conclusiva
4ª Frase
Quando ficou bom tempo fui dar um passeio.
1ª oração 2ª oração
Frase complexa
Sujeito: Subentendido (eu)
Predicado: fui
1ª oração: subordinada temporal
2ª oração: subordinante
5ª Frase
Nós nem saímos, nem vimos o filme.
1ª oração 2ª oração
Frase complexa
Sujeito: Nós
Predicado: saímos
Compl. Directo: o filme
1ª oração: coordenada copulativa
2ª oração: coordenada coputativa
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Lírica Camoniana
Poemas
Quando me quer enganar
Quando me quer enganar
Sempre a Razão vencida foi de Amor
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Comentário: Escolhi este poema porque gostei da maneira que Camões fala tão profundamente e com tantas certezas do que é o amor.
Quando me quer enganar
Quando me quer enganar
A minha bela perjura,
Pera mais me confirmar
O que quer certificar,
Pelos seus olhos mo jura.
Como meu contentamento
Todo se rege por eles,
Imagina o pensamento
Que se faz agravo a eles
Não crer tão grão juramento.
Porém, como em casos tais
Ando já visto e corrente,
Sem outros certos sinais,
Quanto me ela jura mais,
Tanto mais cuido que mente.
Então, vendo-lhe ofender
Uns tais olhos como aqueles,
Deixo-me antes tudo crer,
Só pela não constranger
A jurar falso por eles.
Luís de Camões
Comentário: Camões neste poema fala como amada o quer enganar mas ao ver os olhos dela, faz com que todas as mentiras que ela diz passem em branco, gosto do poema por isso.Sempre a Razão vencida foi de Amor
Sempre a Razão vencida foi de Amor;
Mas, porque assim o pedia o coração,
Quis Amor ser vencido da Razão.
Ora que caso pode haver maior!
Novo modo de morte e nova dor!
Estranheza de grande admiração,
Que perde suas forças a afeição,
Por que não perca a pena o seu rigor.
Pois nunca houve fraqueza no querer,
Mas antes muito mais se esforça assim
Um contrário com outro por vencer.
Mas a Razão, que a luta vence, enfim,
Não creio que é Razão; mas há-de ser
Inclinação que eu tenho contra mim.
Luís de Camões
Comentário: Este poema chamou-me a atenção porque acho que a razão vence sempre quer no amor ou noutra situação qualquer.
Verdes são os camposVerdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.
Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.
Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração.
Luís de Camões
Comentário: Este poema suscitou em mim interesse pelo facto de Camões destacou os olhos da amada e de os comparar ao campo.
Descalça vai para a fonteDescalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.
Luís de Camões
Comentário: Gostei deste poema porque Camões realça apesar de tudo o quanto era formosa a sua amada.
Canto X
Estrofes 145 a 148
145
"Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Düa austera, apagada e vil tristeza."
146
"E não sei por que influxo de Destino
Não tem um ledo orgulho e geral gosto,
Que os ânimos levanta de contino
A ter pera trabalhos ledo o rosto.
Por isso vós, ó Rei, que por divino
Conselho estais no régio sólio posto,
Olhai que sois (e vede as outras gentes)
Senhor só de vassalos excelentes."
147
"Olhai que ledos vão, por várias vias,
Quais rompentes liões e bravos touros,
Dando os corpos a fomes e vigias,
A ferro, a fogo, a setas e pelouros,
A quentes regiões, a plagas frias,
A golpes de Idolátras e de Mouros,
A perigos incógnitos do mundo,
A naufrágios, a pexes, ao profundo."
148
"Por vos servir, a tudo aparelhados;
De vós tão longe, sempre obedientes;
A quaisquer vossos ásperos mandados,
Sem dar reposta, prontos e contentes.
Só com saber que são de vós olhados,
Demónios infernais, negros e ardentes,
Cometerão convosco, e não duvido
Que vencedor vos façam, não vencido."
Nestas estrofes, Camões dirige-se a Caliope, antiga musa da poesia referindo que sendo a voz enrouquecida não por contar os feitos de gente surda e endurecida mas por sentir que Portugal se encontra num estado de corrupção total em que os valores não são respeitados e que o Rei deve fazer alguma coisa para tentar modificar a situação. Acrescenta que há Fidalgos honrados que poderão ajudar o Rei a inverter a situação do país de modo a Portugal alcançar a glória que já teve noutros tempos.
145
"Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
Destemperada e a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Düa austera, apagada e vil tristeza."
146
"E não sei por que influxo de Destino
Não tem um ledo orgulho e geral gosto,
Que os ânimos levanta de contino
A ter pera trabalhos ledo o rosto.
Por isso vós, ó Rei, que por divino
Conselho estais no régio sólio posto,
Olhai que sois (e vede as outras gentes)
Senhor só de vassalos excelentes."
147
"Olhai que ledos vão, por várias vias,
Quais rompentes liões e bravos touros,
Dando os corpos a fomes e vigias,
A ferro, a fogo, a setas e pelouros,
A quentes regiões, a plagas frias,
A golpes de Idolátras e de Mouros,
A perigos incógnitos do mundo,
A naufrágios, a pexes, ao profundo."
148
"Por vos servir, a tudo aparelhados;
De vós tão longe, sempre obedientes;
A quaisquer vossos ásperos mandados,
Sem dar reposta, prontos e contentes.
Só com saber que são de vós olhados,
Demónios infernais, negros e ardentes,
Cometerão convosco, e não duvido
Que vencedor vos façam, não vencido."
Nestas estrofes, Camões dirige-se a Caliope, antiga musa da poesia referindo que sendo a voz enrouquecida não por contar os feitos de gente surda e endurecida mas por sentir que Portugal se encontra num estado de corrupção total em que os valores não são respeitados e que o Rei deve fazer alguma coisa para tentar modificar a situação. Acrescenta que há Fidalgos honrados que poderão ajudar o Rei a inverter a situação do país de modo a Portugal alcançar a glória que já teve noutros tempos.
Canto VII
Estrofes 2, 3, 4, 5, 6 e 8
2
"Vós, ó geração de Luso, digo,
Que tão pequena parte sois no inundo;
Não digo ainda no mundo, mas no amigo
Curral de quem governa o céu rotundo;
Vós, a quem não somente algum perigo
Estorva conquistar o povo imundo,
Mas nem cobiça, ou pouca obediência
Da Madre, que nos céus está em essência;"
3
"Vós Portugueses, poucos quanto fortes,
Que o fraco poder vosso não pesais;
Vós, que à custa de vossas várias mortes
A lei da vida eterna dilatais:
Assim do céu deitadas são as sortes,
Que vós, por muito poucos que sejais,
Muito façais na santa Cristandade:
Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!"
4
"Vede-los Alemães, soberbo gado,
Que por tão largos campos se apascenta,
Do sucessor de Pedro, rebelado,
Novo pastor, e nova seita inventa:
Vede-lo em feias guerras ocupado,
Que ainda com o cego error se não contenta,
Não contra o soberbíssimo Otomano,
Mas por sair do jugo soberano."
5
"Vede-lo duro Inglês, que se nomeia
Rei da velha e santíssima cidade,
Que o torpe Ismaelita senhoreia,
(Quem viu honra tão longe da verdade?)
Entre as Boreais neves se recreia,
Nova maneira faz de Cristandade:
Para os de Cristo tem a espada nua,
Não por tomar a terra que era sua"
6
"Guarda-lhe por entanto um falso Rei
A cidade Hierosólima terrestre,
Enquanto ele não guarda a santa lei
Da cidade Hierosólima celeste.
Pois de ti, Galo indigno, que direi?
Que o nome Cristianíssimo quiseste,
Não para defendê-lo, nem guardá-lo,
Mas para ser contra ele, e derrubá-lo!"
8
"Pois que direi daqueles que em delícias,
Que o vil ócio no mundo traz consigo,
Gastam as vidas, logram as divícias,
Esquecidos de seu valor antigo?
Nascem da tirania inimicícias,
Que o povo forte tem de si inimigo:
Contigo, Itália, falo, já submersa
Em Vícios mil, e de ti mesma adversa."
Camões dirige-se aos Lusitanos por, sendo um povo muito pequeno, conseguirem maior fama que Alemães, Ingleses e Italianos, pelo facto de os Lusitanos combaterem contra os inimigos da fé cristã enquanto os povos referidos combatiam contra os próprios cristãos.
Estrofes 78 e 79
78
"Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego!
Eu, que cometo insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário,
Que, se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo."
79
"Olhai que há tanto tempo que, cantando
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A fortuna mo traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo, e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Canace, que à morte se condena,
Numa mão sempre a espada, e noutra a pena."
Camões mostra-se desanimado por aquilo que lhe está a acontecer e pede ajuda às ninfas do Tejo e do Mondego para o ajudarem a chegar a um porto seguro pois a sua vida tem sido de dificuldades apesar de ser um militar valente e um escritor excelente. ("Numa mão sempre a espada, noutra a pena".).
2
"Vós, ó geração de Luso, digo,
Que tão pequena parte sois no inundo;
Não digo ainda no mundo, mas no amigo
Curral de quem governa o céu rotundo;
Vós, a quem não somente algum perigo
Estorva conquistar o povo imundo,
Mas nem cobiça, ou pouca obediência
Da Madre, que nos céus está em essência;"
3
"Vós Portugueses, poucos quanto fortes,
Que o fraco poder vosso não pesais;
Vós, que à custa de vossas várias mortes
A lei da vida eterna dilatais:
Assim do céu deitadas são as sortes,
Que vós, por muito poucos que sejais,
Muito façais na santa Cristandade:
Que tanto, ó Cristo, exaltas a humildade!"
4
"Vede-los Alemães, soberbo gado,
Que por tão largos campos se apascenta,
Do sucessor de Pedro, rebelado,
Novo pastor, e nova seita inventa:
Vede-lo em feias guerras ocupado,
Que ainda com o cego error se não contenta,
Não contra o soberbíssimo Otomano,
Mas por sair do jugo soberano."
5
"Vede-lo duro Inglês, que se nomeia
Rei da velha e santíssima cidade,
Que o torpe Ismaelita senhoreia,
(Quem viu honra tão longe da verdade?)
Entre as Boreais neves se recreia,
Nova maneira faz de Cristandade:
Para os de Cristo tem a espada nua,
Não por tomar a terra que era sua"
6
"Guarda-lhe por entanto um falso Rei
A cidade Hierosólima terrestre,
Enquanto ele não guarda a santa lei
Da cidade Hierosólima celeste.
Pois de ti, Galo indigno, que direi?
Que o nome Cristianíssimo quiseste,
Não para defendê-lo, nem guardá-lo,
Mas para ser contra ele, e derrubá-lo!"
8
"Pois que direi daqueles que em delícias,
Que o vil ócio no mundo traz consigo,
Gastam as vidas, logram as divícias,
Esquecidos de seu valor antigo?
Nascem da tirania inimicícias,
Que o povo forte tem de si inimigo:
Contigo, Itália, falo, já submersa
Em Vícios mil, e de ti mesma adversa."
Camões dirige-se aos Lusitanos por, sendo um povo muito pequeno, conseguirem maior fama que Alemães, Ingleses e Italianos, pelo facto de os Lusitanos combaterem contra os inimigos da fé cristã enquanto os povos referidos combatiam contra os próprios cristãos.
Estrofes 78 e 79
78
"Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego!
Eu, que cometo insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário,
Que, se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo."
79
"Olhai que há tanto tempo que, cantando
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A fortuna mo traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo, e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Canace, que à morte se condena,
Numa mão sempre a espada, e noutra a pena."
Camões mostra-se desanimado por aquilo que lhe está a acontecer e pede ajuda às ninfas do Tejo e do Mondego para o ajudarem a chegar a um porto seguro pois a sua vida tem sido de dificuldades apesar de ser um militar valente e um escritor excelente. ("Numa mão sempre a espada, noutra a pena".).
Reflexões do poeta
Estrofe 106
"No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?"
Camões reflecte sobre a contradição entre aquilo que as pessoas sofrem no mar e que, em terra, são elas próprias a provocarem conflitos destruidores.
Não dá Portugal heróis como os Romanos mas também não dá aos Portugueses os defeitos que esses heróis tinham.
"No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?"
Camões reflecte sobre a contradição entre aquilo que as pessoas sofrem no mar e que, em terra, são elas próprias a provocarem conflitos destruidores.
Então, Camões pergunta-se como é que os seres humanos ("bixo da terra tão pequeno") poderão encontrar um abrigo em segurança.
Estrofe 94
"Trabalha por mostrar Vasco da Gama
Que essas navegações que o mundo canta
Não merecem tamanha glória e fama
Como a sua, que o céu e a terra espanta.
Si; mas aquele Herói, que estima e ama
Com dons, mercês,. favores e honra tanta
A lira Mantuana, faz que soe
Eneias, e a Romana glória voe."
Que essas navegações que o mundo canta
Não merecem tamanha glória e fama
Como a sua, que o céu e a terra espanta.
Si; mas aquele Herói, que estima e ama
Com dons, mercês,. favores e honra tanta
A lira Mantuana, faz que soe
Eneias, e a Romana glória voe."
Vasco da Gama tenta provocar que as navegações feitas pelos Romanos e pelos Gregos não foram de modo algum superiores à sua viagem à Índia.
Estrofe 95
"Dá a terra lusitana Cipiões,
Césares, Alexandros, e dá Augustos;
Mas não lhe dá contudo aqueles dois
Cuja falta os faz duros e robustos.
Octávio, entre as maiores opressões,
Compunha versos doutos e venustos.
Não dirá Fúlvia certo que é mentira,
Quando a deixava António por Glafira."
Césares, Alexandros, e dá Augustos;
Mas não lhe dá contudo aqueles dois
Cuja falta os faz duros e robustos.
Octávio, entre as maiores opressões,
Compunha versos doutos e venustos.
Não dirá Fúlvia certo que é mentira,
Quando a deixava António por Glafira."
Estrofe 96
"Vai César, sojugando toda França,
E as armas não lhe impedem a ciência;
Mas , numa mão a pena e noutra a lança,
Igualava de Cícero a eloquência.
O que de Cipião se sabe e alcança,
É nas comédias grande experiência.
Lia Alexandro a Homero de maneira
Que sempre se lhe sabe à cabeceira."
E as armas não lhe impedem a ciência;
Mas , numa mão a pena e noutra a lança,
Igualava de Cícero a eloquência.
O que de Cipião se sabe e alcança,
É nas comédias grande experiência.
Lia Alexandro a Homero de maneira
Que sempre se lhe sabe à cabeceira."
César era uma grande militar mas era igualmente um grande escritor, caracterizado por trazer sempre numa mão a espada e na outra a pena com que escrevia.
Também Cipião ficou conhecido como militar e grande orador. Acrescentando que o imperador Alexandro tinha como livro de cabeceira a odisseia de Homero.
Nota: Ao apresentar os exemplos anteriormente referidos Camões compara-os consigo próprio para mostrar que os soldados Portugueses consideram que lhes basta serem bons militares para serem considerados heróis sem necessidade de serem homens cultos.
Funcionamento da Língua - Orações
Orações Coordenadas
Orações Subordinadas
- A oração subordinada relativa completiva é introduzida por "que" e serve de c. directo à outra oração.
- A oração subordinada relativa é introduzida por "que" e o "que" é sujeito relacionado com a oração anterior.
Tentamos substituir este "que" por "qual".
- Copulativas (e, ...)
- Adversativas (mas, ...)
- Disjuntivas (ou... ou, ...)
- Conclusivas (portanto, ...)
- Explicativas (pois, ...)
Orações Subordinadas
- Relativas (que, ...) - pronome relativo
- Completivas (que, ...) servem de compl. directo á oração anterior
- Temporais (quando, ...)
- Condicionais (se, ...)
- Concessivas (embora, ...)
- Consecutivas (tanto que, ...)
- Comparativas (como, ...)
- Finais (a fim de, ...)
- Causais (porque, ...)
- A oração subordinada relativa completiva é introduzida por "que" e serve de c. directo à outra oração.
- A oração subordinada relativa é introduzida por "que" e o "que" é sujeito relacionado com a oração anterior.
Tentamos substituir este "que" por "qual".
Funcionamento da Língua
Nomes e Adjectivos
Quando chegaram a Melinde, os portugueses foram recebidos com alegria.
1ª oração 2ª oração
alegria: Nome Abstracto
portugueses: Nome Comum
Melinde: Nome Próprio
1ª oração: subordinada temporal
2ª oração: subordinante
1ª oração 2ª oração 3ª oração
Em Melinde, existia um rei que governava pacificamente, mas em Mombassa o rei guerreava contra os povos vizinhos.
1ª oração: Subordinante
2ª oração: subordinada relativa
3ª oração: coordenada adversativa
Melinde e Mombassa: Nome próprio
rei e povos: Nome comum
O povo reagiu alegrmente á chegada dos visitantes.
Povo: Nome comum
chegada e visitantes: Nome comum
A assembleia reuniu sem a presença do presidente que se encontrava doente.
1ª oração 2ª oração
1ª oração: subordinante
2ª oração: subordinada relativa
Quando chegaram a Melinde, os portugueses foram recebidos com alegria.
1ª oração 2ª oração
alegria: Nome Abstracto
portugueses: Nome Comum
Melinde: Nome Próprio
1ª oração: subordinada temporal
2ª oração: subordinante
1ª oração 2ª oração 3ª oração
Em Melinde, existia um rei que governava pacificamente, mas em Mombassa o rei guerreava contra os povos vizinhos.
1ª oração: Subordinante
2ª oração: subordinada relativa
3ª oração: coordenada adversativa
Melinde e Mombassa: Nome próprio
rei e povos: Nome comum
O povo reagiu alegrmente á chegada dos visitantes.
Povo: Nome comum
chegada e visitantes: Nome comum
A assembleia reuniu sem a presença do presidente que se encontrava doente.
1ª oração 2ª oração
1ª oração: subordinante
2ª oração: subordinada relativa
"Os céus tecem o destino dos Portugueses"
Estrofe 44
"Vasco da Gama, o forte Capitão,
Que a tamanhas empresas se oferece,
De soberbo e de altivo coração,
A quem Fortuna sempre favorece,
Pêra se aqui deter não vê razão,
Que inabitada a terra lhe parece.
Por diante passar determinava,
Mas não lhe sucedeu como cuidava."
Estrofe 74
"– «Está do Fado já determinado
Que tamanhas vitórias, tão famosas,
Hajam os Portugueses alcançado
Das Indianas gentes belicosas;
E eu só, filho do Padre sublimado,
Com tantas qualidades generosas,
Hei-de sofrer que o Fado favoreça
Outrem, por quem meu nome se escureça?"
Os Melindanos estão na praia para dar as boas-vindas aos Portugueses e desde logo se verifica que este povo é mais humano e verdadeiro que os anteriormente encontrados.
A frota desembarcou um mouro para prestar os cumprimentos ao Rei e para verificar se seriam bem recebidos.
Estrofe 75
"Assim que, ó Rei, se minha grã verdade
Tens por qual é, sincera e não dobrada,
Ajunta-me ao despacho brevidade,
Não me impeças o gosto da tornada.
E, se ainda te parece falsidade,
Cuida bem na razão que está provada,
Que com claro juízo pode ver-se,
Que fácil é a verdade de entender-se."
O rei refere que já conhece o valor dos portugueses e convida-os a sairem para se reabastecerem.
Estrofe 77
"Juntamente a cobiça do proveito,
Que espera do contrato Lusitano,
O faz obedecer e ter respeito
Com o Capitão, e não com o Mauro engano.
Enfim ao Gama manda que direitoAs naus se vá, e, seguro de algum dano,
Possa a terra mandar qualquer fazenda,
Que pela especiaria troque e venda."
Estrofe 78
"Que mande da fazenda, enfim, lhe manda,
Que nos Reinos Gangéticos faleça;
Se alguma traz idônea lá da banda
Donde a terra se acaba e o mar começa.
Já da real presença veneranda
Se parte o Capitão, para onde peça
Ao Catual, que dele tinha cargo,
Embarcação, que a sua está de largo."
Vasco da Gama envia um outro mensageiro que pudesse negociar as condições do desembarque dos Portugueses naquele local e pede desculpas por não o fazer pessoalmente.
Estrofes 79, 80, 81, 82
"Embarcação que o leve às naus lhe pede;
Mas o mau Regedor, que novos laços
Lhe maquinava, nada lhe concede,
Interpondo tardanças e embaraços.
Com ele parte ao cais, por que o arredeLonge quanto puder dos régios paços,
Onde, sem que seu Rei tenha notícia,
Faça o que lhe ensinar sua malícia."
80
"Lá bem longe lhe diz que lhe daria
Embarcação bastante em que partisse,
Ou que para a luz crástina do dia
Futuro sua partida diferisse.Já com tantas tardanças entendia
O Gama, que o Gentio consentisse
Na má tenção dos Mouros, torpe e fera,
O que dele atéli não entendera"
81
"Era este Catual um dos que estavam
Corruptos pela Maumetana gente,
O principal por quem se governavam
As cidades do Samorim potente.
Dele somente os Mouros esperavam
Efeito a seus enganos torpemente.Ele, que no conceito vil conspira,
De suas esperanças não delira."
82
"O Gama com instância lhe requere
Que o mande pôr nas naus, e não lhe vai;
E que assim lhe mandara, lhe refere,
O nobre sucessor de Perimal.
Por que razão lhe impede e lhe difere
A fazenda trazer de Portugal?
Pois aquilo que os Reis já têm mandado
Não pode ser por outrem derrogado." O mensageiro dirige-se ao Rei elogiando-o e dizendo-lhe que estão ali por precisarem de ajuda.
Estrofe 83
"Pouco obedece o Catual corrupto
A tais palavras; antes revolvendo
Na fantasia algum subtil e astuto
Engano diabólico e estupendo,
Ou como banhar possa o ferro bruto
No sangue avorrecido, estava vendo;Ou como as naus em fogo lhe abrasasse,
Por que nenhuma à pátria mais tornasse."
O mensageiro diz ao Rei que Vasco da Gama não sai do seu barco não por temer qualquer armadilha da parte dele, mas porque a isso o obrigava o seu Rei que lhe ordenara de nunca abandonar a frota.
"Vasco da Gama, o forte Capitão,
Que a tamanhas empresas se oferece,
De soberbo e de altivo coração,
A quem Fortuna sempre favorece,
Pêra se aqui deter não vê razão,
Que inabitada a terra lhe parece.
Por diante passar determinava,
Mas não lhe sucedeu como cuidava."
Júpiter responde a Vénus, dizendo-lhe para não se preocupar, porque os Portugueses não irão correr qualquer perigo e para ficar descansada porque ela é a pessoa mais importante para ele. Promete-lhe que os feitos dos Portugueses no Oriente irão fazer esquecer os dos romanos e gregos.
Estrofe 73
"Do claro Assento etéreo, o grão Tebano,
Que da paternal coxa foi nascido,
Olhando o ajuntamento Lusitano
Ao Mouro ser molesto e avorrecido,
No pensamento cuida um falso engano,
Com que seja de todo destruído;
E, enquanto isto só na alma imaginava,
Consigo estas palavras praticava:"
Que da paternal coxa foi nascido,
Olhando o ajuntamento Lusitano
Ao Mouro ser molesto e avorrecido,
No pensamento cuida um falso engano,
Com que seja de todo destruído;
E, enquanto isto só na alma imaginava,
Consigo estas palavras praticava:"
Os portugueses chegam a Melinde com os navios enfeitados com a bandeira e o estandarte e havia também música de tambores e pandeiros para se fazerem anunciar. Os portugueses estavam felizes.
Estrofe 74
"– «Está do Fado já determinado
Que tamanhas vitórias, tão famosas,
Hajam os Portugueses alcançado
Das Indianas gentes belicosas;
E eu só, filho do Padre sublimado,
Com tantas qualidades generosas,
Hei-de sofrer que o Fado favoreça
Outrem, por quem meu nome se escureça?"
Os Melindanos estão na praia para dar as boas-vindas aos Portugueses e desde logo se verifica que este povo é mais humano e verdadeiro que os anteriormente encontrados.
A frota desembarcou um mouro para prestar os cumprimentos ao Rei e para verificar se seriam bem recebidos.
Estrofe 75
"Assim que, ó Rei, se minha grã verdade
Tens por qual é, sincera e não dobrada,
Ajunta-me ao despacho brevidade,
Não me impeças o gosto da tornada.
E, se ainda te parece falsidade,
Cuida bem na razão que está provada,
Que com claro juízo pode ver-se,
Que fácil é a verdade de entender-se."
O rei refere que já conhece o valor dos portugueses e convida-os a sairem para se reabastecerem.
Estrofe 77
"Juntamente a cobiça do proveito,
Que espera do contrato Lusitano,
O faz obedecer e ter respeito
Com o Capitão, e não com o Mauro engano.
Enfim ao Gama manda que direitoAs naus se vá, e, seguro de algum dano,
Possa a terra mandar qualquer fazenda,
Que pela especiaria troque e venda."
Depois de ter recebido o convite do Rei de Melinde, Vasco da Gama manda-lhe um coral que já trazia preparado de Portugal para lhe oferecer.
Estrofe 78
"Que mande da fazenda, enfim, lhe manda,
Que nos Reinos Gangéticos faleça;
Se alguma traz idônea lá da banda
Donde a terra se acaba e o mar começa.
Já da real presença veneranda
Se parte o Capitão, para onde peça
Ao Catual, que dele tinha cargo,
Embarcação, que a sua está de largo."
Vasco da Gama envia um outro mensageiro que pudesse negociar as condições do desembarque dos Portugueses naquele local e pede desculpas por não o fazer pessoalmente.
Estrofes 79, 80, 81, 82
"Embarcação que o leve às naus lhe pede;
Mas o mau Regedor, que novos laços
Lhe maquinava, nada lhe concede,
Interpondo tardanças e embaraços.
Com ele parte ao cais, por que o arredeLonge quanto puder dos régios paços,
Onde, sem que seu Rei tenha notícia,
Faça o que lhe ensinar sua malícia."
80
"Lá bem longe lhe diz que lhe daria
Embarcação bastante em que partisse,
Ou que para a luz crástina do dia
Futuro sua partida diferisse.Já com tantas tardanças entendia
O Gama, que o Gentio consentisse
Na má tenção dos Mouros, torpe e fera,
O que dele atéli não entendera"
81
"Era este Catual um dos que estavam
Corruptos pela Maumetana gente,
O principal por quem se governavam
As cidades do Samorim potente.
Dele somente os Mouros esperavam
Efeito a seus enganos torpemente.Ele, que no conceito vil conspira,
De suas esperanças não delira."
82
"O Gama com instância lhe requere
Que o mande pôr nas naus, e não lhe vai;
E que assim lhe mandara, lhe refere,
O nobre sucessor de Perimal.
Por que razão lhe impede e lhe difere
A fazenda trazer de Portugal?
Pois aquilo que os Reis já têm mandado
Não pode ser por outrem derrogado." O mensageiro dirige-se ao Rei elogiando-o e dizendo-lhe que estão ali por precisarem de ajuda.
Estrofe 83
"Pouco obedece o Catual corrupto
A tais palavras; antes revolvendo
Na fantasia algum subtil e astuto
Engano diabólico e estupendo,
Ou como banhar possa o ferro bruto
No sangue avorrecido, estava vendo;Ou como as naus em fogo lhe abrasasse,
Por que nenhuma à pátria mais tornasse."
O mensageiro diz ao Rei que Vasco da Gama não sai do seu barco não por temer qualquer armadilha da parte dele, mas porque a isso o obrigava o seu Rei que lhe ordenara de nunca abandonar a frota.
Funcionamento da Língua
O João disse que queria ter boa nota.
1ª oração 2º oração
1ª oração - subordinante
2ª oração - subordinada completiva
Sujeito: João
Predicado: disse
Complemento directo: queria ter boa nota
Alberto Caeiro achava que o campo era saudável.
1ª oração 2ª oração
1ª oração: Subordinante
2ª oração: subordinada completiva
Sujeito: Alberto Caeiro
Predicado: achava
Complemento directo: que o campo era saudável
Achava- verbo transitivo
Nota: Os verbos transitivos são aqueles que pedem complento directo.
Verbos com Ser, Estar, Ficar, Continuar, Parecer pedem predicativo do sujeito.
Infelizmente, não recebi a encomenda que me enviaste.
1ª oração 2ª oração
1ª oração: subordianda
2ª oração: subordinada relativa
Sujeito: subentendido eu
Predicado: não recebi
Complemento directo: a encomenda
Nota: As orações relativas são aquelas que começam por "que" e que o "que" serve de sujeito.
Funções sintáticas
Sujeito - Quem?
C. directo - O quê?
C. indirecto - A quem?
1ª oração 2º oração
1ª oração - subordinante
2ª oração - subordinada completiva
Sujeito: João
Predicado: disse
Complemento directo: queria ter boa nota
Alberto Caeiro achava que o campo era saudável.
1ª oração 2ª oração
1ª oração: Subordinante
2ª oração: subordinada completiva
Sujeito: Alberto Caeiro
Predicado: achava
Complemento directo: que o campo era saudável
Achava- verbo transitivo
Nota: Os verbos transitivos são aqueles que pedem complento directo.
Verbos com Ser, Estar, Ficar, Continuar, Parecer pedem predicativo do sujeito.
Infelizmente, não recebi a encomenda que me enviaste.
1ª oração 2ª oração
1ª oração: subordianda
2ª oração: subordinada relativa
Sujeito: subentendido eu
Predicado: não recebi
Complemento directo: a encomenda
Nota: As orações relativas são aquelas que começam por "que" e que o "que" serve de sujeito.
Funções sintáticas
Sujeito - Quem?
C. directo - O quê?
C. indirecto - A quem?
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