O memorial do convento fala-nos da história de dois amores completamente diferentes, o do rei D. João V e a rainha D. Maria Ana Josefa e o amor de Blimunda e Baltasar.
O casamento do rei e da rainha era um casamento arranjado, tanto que em primeiro outro homem fez-se passar pelo rei para ir até Áustria e ai casarem-se.
Seguidamente a rainha veio para Mafra e finalmente passaram a conhecerem-se.
O tempo foi passando e o rei queria descendentes mas a rainha não conseguia engravidar e começaram a ouvir-se alguns rumores no palácio que a rainha tinha a madre seca.
Para o rei poder ir ao quarto da rainha tinha que percorrer 232 metros, tinha que os camareiros arranja-lo e a rainha também tinha que ser toda preparada para que tudo corre-se bem, depois de acabarem o rei tocava um sino para que os camareiros o fossem amanhar de novo, ao principio o rei até dormia com a rainha no entanto ela tinha um cobertor de penas que era bastante quente e naquela altura existiam muito percevejos e tudo aquilo incomodava o rei e assim deixaram de dormir juntos.
O tempo passava e a rainha continuava sem engravidar. Um dia o rei fez uma promessa, se a daquele a um ano a rainha engravidasse construiria um convento para franciscanos. O tempo passou e a rainha engravidou e teve uma filha chamada D. Maria Bárbara, ainda teve mais filhos mas todos rapazes e o sucessor foi D. José.
O rei mandou trazer homens de todos os lados para começarem a construir o convento, primeiro era para ser um convento para treze franciscanos mas no final acabou por ser para trezentos. Todo o convento estava a ser construído com todo o esforço e sacrifício do povo.
Num auto de fé, mãe de Blimunda ia ser condenada por bruxaria e degredada por oito anos em Angola mas antes disso por pensamento comunicou com Blimunda, disse-lhe para perguntar o nome do homem que estava ao lado dela, pois esse seria o homem bom para ela se casar.
Blimunda tinha um poder especial, via as pessoas por dentro.
Blimunda e Baltasar começaram a falar e passado algum tempo começaram a dormir juntos e Baltasar estava intrigado por ver todos dias Blimunda depois de acordar comer um bocado de pão, ela contou-lhe o porquê e ele não acreditou, então um dia acordaram e Blimunda sem comer foi até á rua e sempre sem olhar para Baltasar, ela para e disse-lhe para ele escavar, pois ali estava uma moeda de prata, Baltasar escavou e estava lá uma moeda mas era de ouro.
Baltasar, Blimunda e o padre Bartolomeu de Gusmão vão construir a passarola mas essa não conseguiria voar, para ela voar Blimunda tinha que recolher duas mil vontades, enquanto andava recolhendo as vontades ela ficou muito tempo por causa de uma peste que existia, no entanto acabou por ficar boa.
Conseguiram meter a passarola a voar, mas com isso o padre desapareceu.
Convento de Mafra |
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