Felizmente há luar é uma obra literária, drama narrativo de carácter épico, publicada em 1961 pelo dramaturgo Luís de Sttau Monteiro e adaptada para teatro pelo próprio autor.
A história relatada na obra é baseada na frustrada tentativa de uma revolta liberal no ano de 1817, cujo alegado líder seria Gomes Freire de Andrade. Recriada em dois actos, a sequência de factos históricos ocorridos em Outubro desse mesmo ano, que conduziu á prisão e ao enforcamento de Gomes Freire de Andrade, no forte de São Julião da Barra, acto este levado a cabo pelo regime do marechal Beresford e apoiado firmemente pela Igreja.
Vigoroso apelo ético, inserido numa forma de dissertação do autor sobre a repressão política injusta e perseguições de que os cidadãos do Portugal da década de 1960 sofriam, a peça era legivelmente uma oposição política ao regime então em vigor e um incentivo à revolta. Denominada pelo próprio autor «glorificação trágica», foi censurada posteriormente à sua publicação e proibida até 1974.
A obra, publicada em 1961, foi aclamada pela crítica e levou o autor a consagrar-se como dramaturgo ao receber o Grande Prémio de Teatro da Associação Portuguesa de Escritores.
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